sexta-feira, 2 de julho de 2010

ÒYÁ

Òyá a divindade dos ventos, das tempestades e do rio Niger (que em Iorúbá chama-se Odò Òyá - rio Òyá). Foi a única das mulheres de Sòngó que, ao final de seu reinado, segui-o em sua fuga para Tapá. Equanto Sòngó recolheu-se para baixo da terra, em Kossô, ela fez o mesmo em Irá. Òyá é uma divindade associada ao número 9 (um número essencialmente masculino). Este fato se deve a uma alusão aos supostos nove braços do delta do rio Niger. Uma outra referência da sua relação a um número que representa o elemento masculino, nos é dada pela sua grande importância no culto a Eégúngún (ancestrais masculinos). A relação profunda de Òyá com Eégúngún, vem de sua
grande relação com Ìyà-mì Òsòròngá (Odù, a mãe de Eégúngún).
Òyá é o único Òrìsà capaz de enfrentar e de manipular os Eégúngún.

Umas das lendas que comentam a origem de seu nome, fala de como uma cidade chamada Ipô estava ameaçada de destruição, invadida pelos guerreiros Tapás. Para preserva-lá foi feita uma oferenda das roupas do Rei dos Ipôs. Este magnífico traje, teria sido rasgado (ya) em dois, para servir de almofada como apoio às cabaças. Apareceu então, misteriosamente, uma àgua que se espalhou (ya), inundando os arredores da cidade e afogando os agressores Tapás! Quando os habitantes de Ipô procuraram um nome para este rio que surgiu e se espalhou (ya), quando as roupas foram rasgadas (ya), decidiram chama-lo Òdò Òyá.

Elemento fundamental do culto a Òyá é a utilização de chifres de búfalos, que representam as fases lunares crescentes e minguante, como uma alusão da força de Òyá (o búfalo) e seu duplo poder.

Òyá liga-se aos aspectos instintivos femininos, seja em seu aspecto passional, como em seu aspecto gerador-ativo.

GBÀDÚRÁ ÒYÁ; "...t"àwa l"ewà aláadé òyá dè wa e l`aári ó Sun l`oun dé òrun..."

GBÁDÚRÁ ÒYÁ (tradução); "...Ela é a mais bonita das mulheres que possuem coroas. Òyá quando vem até nós, é sempre de alto valor. Nós a saudamos quando vem, e é sempre muito importante, quando ela põe fogo na terra ao vir do céu. Saudemos a grande mãe que queima e brilha reluzente, colocando fogo na terra ao vir do céu..."


Este texto é um breve resumo, fruto de pesquisas feita em livros e apostilas, já que sabemos que sobre o òrísá aqui citado, ainda há muito o que ser dicertado.

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